quarta-feira, 6 de março de 2013

Histórias de primeira vez

Engraçado como sempre rola uma expectativa imensa sobre a primeira vez né? Tem quem tem a sorte/inteligência/oportunidade em ter esse momento de forma especial. Claro que comigo não foi assim... além de ansiosa sempre fui impulsiva, meio sem noção mesmo. 

Meu primeiro beijo foi aos 12 anos, um pouco de impulso, muito empurrão de uma amiga, um namorico todo apaixonado... e foi horrível! Jurei que nunca mais faria algo tão nojento na vida! Onde já se viu alguém enfiar a língua na minha boca, ficar sentindo baba alheia, eca...cospe cospe... Algum tempo depois passei a achar aquela coisa estranha muito boa. 

Alguns anos e outro namorado, chegou a hora da minha primeira vez de fato, não teve música romântica, nem vinho (acho que nem tomava vinho naquela época), na verdade tinha uma cama, dois adolescentes sem saber o que faziam mas com um fogo grande. Teve um monte de erros que daria pra fazer a versão em vídeo do "jogo dos 7 erros". Nível vergonha alheia mesmo. Foi bem ridículo e novamente jurei que nunca mais faria aquilo. Óbvio que não durou nada, mas nunca gostei da relação feita com ele. Não que ele não soubesse, talvez isso também, éramos bem novos e inexperientes. Possivelmente anos depois acabou aprendendo  a ser melhor. Fato é que naquela época descobri o que era desejar ardentemente alguém sem poder ter. 

Mais que isso, descobri que cada escolha uma renúncia, cada caminho leva a um lado e depois de algumas péssimas decisões sofri muito, com respingos no que sou hoje. 

Tive a primeira vez de uma traição, a primeira vez que fiquei mal falada entre amigos, que certamente não deviam ser tão amigos assim. A primeira vez que desejei não ser eu e foi na mesma época que decidi abortar o romance da minha vida pois ele só me metia em más histórias.

terça-feira, 5 de março de 2013

Minha vida

Meu primeiro namorinho foi bem cedo, aos 12 anos, ele era muito romântico, na verdade com o tempo descobri que era romântico demais para meus padrões (namoramos depois de algum tempo novamente), mas, de qualquer forma, romantisco é sempre bom quando bem dosado, encontrei agora um trecho da primeira cartinha que ele me mandou, logo, a primeira que recebi na vida! 

É legal olhar pro passado e ver coisas que nos marcaram, algumas músicas, algumas pessoas, algumas coisas que não estão mais lá..ou aqui.. mas estiveram, nem sempre no melhor momento possível, mas fazem parte de nós. Quando penso nessas coisas acabo lembrando da música "Minha Vida" da Rita Lee, sem dúvida todas as pessoas que passam por nós deixam um pouquinho e levam outro tantinho de nós com elas. Acho que consigo pensar ao menos em uma coisa bacana que cada um dos namoricos que tive me deixou. Alguns são bem escrachados e olhando minhas coisas e preferências logo se nota, outros deixaram nuances e marcas até na minha personalidade. Mas pra cada um só tenho a dizer "obrigada". Como to numa vibe muito carente e precisando de romance, vou deixar o trecho daquela primeira cartinha, não sei quem é o autor.. 
 

A louca mania

A louca mania de te pertencer, de me ver junto ao teu corpo, junto a você...De me sentir brinquedo nas mãos de criança e depois de jogado num canto, sentir o prazer de voltar ao seu colo. De surgir intrusa em meio aos seus sonhos e partilhar risonha em suas fantasias.
E no calor da manhã despertar ao seu lado. Como um travesseiro macio e quente ou como uma colcha de retalhos aconchegante e na hora de estudar me refugiar no papel escrevendo-te as mais belas palavras...
E no teu peito encontrar abrigo feito um bilhete perdido entre suas coisas, sempre ao teu lado.
A louca mania de te pertencer, te paquerar, te desejar, te conquistar.
A louca mania de querer te guardar lá no fundinho do meu coração e gravar seu nome em meu pensamento. Pois quero que tu sejas feito só para me pertencer... para sempre vou te amar!

Rotina a vilã terrível

Talvez a maior falha é esperar que após tantos anos as coisas sejam exatamente como eram antes. Não são, não serão, mas nem por isso sejam piores. Diferentes sim, mas podem ser divertidas.

Certamente o maior vilão de qualquer casamento é a rotina. Nada pode atrapalhar mais que isso. Se o casamento está saudável, feliz, não há loira gostosa e peituda que atrapalhe. Nenhum homem fortão trabalhando na construção em frente chamará atenção. Difícil não é manter um casamento, um amor por si só, complicado é ter criatividade e imaginação pra mudar as coisas quando as velhas receitas já não surtem tanto efeito.

Já disse aqui uma vez, hoje fazemos menos sexo, talvez apenas umas duas vezes por semana. Mas sempre que tem é muito bom.  Ter pleno conhecimento do mapa do parceiro pode ser tão gostoso e interessante quanto explorar novos mapas. Claro que não tem o fator descoberta, os pontos turísticos já foram explorados, mas nem por isso é ruim, na verdade, é bem legal poder refazer esses passos sempre. Mesmo nos lugares mais vistos ainda existem pequenos detalhes, pequenas nuances e momentos interessantes.

Rotina é uma vilã maligna, complicada de lidar. Não é impossível vencê-la, apenas trabalhoso...